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Como o Brand Publishing pode ser usado pela área jurídica

O que é Brand Publishing? Quem pode aderir a esta estratégia de comunicação? Como se tornar publisher editorial no mercado em que atua? E para advogados ou escritórios de advocacia, cabe a utilização de todo este processo? Estas foram algumas das perguntas respondidas por Paulo Henrique Ferreira, sócio-fundador e Diretor-Executivo da Barões Digital Publishing em sua participação no Juridcast, podcast comandado por Leandro Ramos.

Ouça na íntegra

PH Ferreira detalhou que utilizar o Brand Publishing como estratégia de comunicação significa transformar uma marca em um publisher, com uma mídia de comunicação editorial própria. Com direito a plataforma, bom volume de conteúdo, artigos, notícias, curadoria, sempre voltada para o segmento no qual a empresa que tem autoridade, com prestação de serviço ao público. E a partir disso, construir reputação sólida, audiência e contribuir com toda a sociedade.

“No âmbito jurídico, uma área como todas as demais áreas de atividades humanas, neste mundo da sociedade da informação, é preciso um cuidado muito grande com a informação editorial e o protagonismo dela. Marcas que tenham propósito, que tenham liderança conceitual, técnica, filosófica, também precisam produzir conteúdo. Elas devem se posicionar como think thank. Têm de entender a plataforma, como o conteúdo vai ser construído, com uma visão de longo prazo, com compromisso com a sociedade e com o seu mercado. E, aí sim, quando se transforma em publisher de conteúdo editorial não só reforça a autoridade, mas também gera mais negócios”, afirmou o executivo da Barões.

Exposição em mídias tradicionais x publicação em mídia própria

Questionado sobre o que seria mais importante, se ter uma divulgação em um veículo de imprensa ou produzir conteúdos para sua mídia própria, PH foi taxativo:

“Num curto prazo sair em um veículo de comunicação pode dar resultado, óbvio. Isso é muito importante e vai continuar sendo. Só que você sai uma vez ou outra naquele espaço. Esta comunicação é fragmentada. Na semana que vem o veículo não estará cobrindo aquele assunto que é de suma importância para a marca. Cobriu, deu o enfoque, deu sua contribuição, mas depois vai seguir com outras pautas, com outros temas. Ele é generalista. Não vai ficar cobrindo no nível de profundidade que a marca conhece e pode cobrir, com o critério de jornalismo”, disse o diretor.

Em contrapartida, ao pensar em longo prazo “a mídia proprietária não é diferencial competitivo, ela se torna uma necessidade operacional. Inclusive para consolidar esta narrativa fragmentada. Uma nota divulgada na imprensa tradicional pode ser um pilar content, uma série de conteúdos que um jornal não vai conseguir explorar com a mesma profundidade que um player, um escritório sério vai conseguir fazer”.

Estrutura de comunicação potente

Para ter um projeto de Brand Publishing é preciso um processo muito bem estruturado, como lembrou PH Ferreira. Nem todas as empresas estão aptas a se tornarem publishers de informações editoriais.

“Vocação é uma palavra importante. Assim como no Século XX não eram todas as empresas que conseguiam anunciar numa grande emissora de TV, essa diferença continua em mídia proprietária. A marca tem de ter capacidade de ser profissional na comunicação. Saber que não é um investimento banal, que é um compromisso com a sociedade, compromisso com a sua indústria. Saber que vai investir em conteúdo, plataforma, distribuição, processos, gestão para ser um líder editorial. Muitas empresas se aventuram sem saber o que é performance, e com isso, gasta dinheiro sem resultado, causando frustração.  As marcas que são líderes editoriais que têm essa vocação, tem essa preocupação e são vencedoras. Na comunicação editorial proprietária, as marcas vão conseguir transmitir os conjuntos de crenças, valores, questões técnicas, estabelecer debates, liderar debates e não ficar falando de si mesmo o tempo todo”, afirmou PH.

Audiência ambiciosa

Um projeto de Brand Publishing já nasce com várias importantes características e uma delas é buscar uma audiência ambiciosa.

“Quando a marca tem um programa editorial de conteúdo sólido, em cima de uma plataforma própria e planeja esta distribuição para construir a audiência, ela vira um veículo recorrente. E essa audiência tem de ser ambiciosa, tem de ser comparada aos maiores portais do ramo. Porque ela pode fazer isso. É muito mais produtivo investir na construção desta audiência do que investir em campanhas à esmo. E ao longo do tempo, um, dois, três anos, a marca já virou uma referência editorial e essa plataforma, além de ser o destino da audiência dela, gera dados protegidos pela LGPD, dados primários para trabalhar melhor novas distribuições ou eventualmente novas campanhas”.

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