Em uma era de muita desinformação, a área da saúde é um segmento que tem sido muito afetado. Se por um lado a comunicação é a chave para alertar sobre prevenção, combate a doenças, conscientização e possíveis tratamentos, as fakes news corroboram com o caos. E é neste cenário que a comunicação editorial serve como aliada para que as marcas tenham a oportunidade de exercer sua responsabilidade social e, ao mesmo tempo, reforçarem o seu papel como fontes confiáveis de informações sobre saúde.
Este foi o tema de uma recente reportagem de Priscila Perez publicada no Portal da Comunicação. Segundo o artigo, empresas do segmento de saúde, que tem como missão “cuidar de gente”, possuem autoridade para compartilhar informações de modo a impactar a sociedade e conscientizar sobre temas sensíveis ligados à saúde pública.
Por meio do Brand Publishing, as organizações podem exercer a responsabilidade social, reforçarem posicionamento e serem protagonistas como fontes de informações. “A sociedade demanda das marcas uma comunicação editorial em nível profissional. Ela quer e precisa ser informada. Por isso, digo que é uma questão de responsabilidade midiática, ainda mais no setor da saúde”, afirmou Paulo Henrique Ferreira, Diretor-Executivo da Barões Digital Publishing.
Fabrício Costa, gerente sênior de comunicação e ESG da AstraZeneca Brasil concorda.
“Acreditamos que, se por meio da comunicação, conseguirmos impactar a sociedade e mobilizá-la para a prevenção, estamos cumprindo a nossa missão”, afirma Fabrício.
A reportagem traz ainda a visão de Cristiane Santos, diretora de Assuntos Corporativos e Comunicação da Pfizer. Para ela, o compartilhamento de informações seguras sobre saúde impulsiona a implementação de políticas públicas decisivas e capazes de salvar vidas.
“Ao planejar nossas iniciativas, estamos atentos aos grandes desafios sanitários: sejam as enfermidades de elevada taxa de mortalidade ou aquelas que representam necessidades não atendidas também do ponto de vista da comunicação, com escassez de informações”, diz Cristiane.
Paulo Henrique Ferreira destacou a importância da origem do conteúdo. De acordo com ele, se uma marca tem uma visão e essa visão é construtiva, ela pode transformá-la em comunicação editorial de maneira legítima.
“Um Brand Publishing de sucesso, nenhum detalhe pode ser ocultado do público. Desse modo, seja no papel de curadora ou de produtora de conteúdo, a marca deve agir com transparência, sem esconder uma vírgula sequer da sua audiência. A credibilidade se constrói assim”, afirma o diretor da Barões.
A reportagem mostra ainda a expansão e a possibilidade de um mercado mais produtivo ao jornalismo. Com amplo espaço para tratar sobre o tema, Cláudia Collucci, repórter especializada em saúde da Folha de S. Paulo também falou sobre a produção de conteúdo por jornalistas de forma independente ou em colaboração com as marcas.
“Conteúdo produzido por jornalista tende a ser bem-feito e mais engajado. Afinal, o papel dele é checar qualquer informação que ele receba e que julgue relevante, independentemente de onde venha essa informação”, diz Cláudia.
Para Diogo Sponchiato, redator-chefe da Veja Saúde, tanto empresas quanto farmácias, hospitais e centros de pesquisa também se tornaram protagonistas na criação de conteúdo.
Natalia Cuminale, diretora de conteúdo e CEO da Futuro da Saúde, falou sobre como a informação verídica, confiável e com base científica foi essencial durante a pandemia da Covid-19 e sua ascensão daqui em diante. “Teremos cada vez mais produtores de conteúdo comprometidos com a informação científica.”
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