Conteúdos curtos são lidos por mais pessoas. E conteúdos longos geram mais engajamento. Uma vez que a atenção média do ser humano é pequena, quão longos podem ser os conteúdos para gerar engajamento e, ainda assim, terem pageviews? Artigo publicado pela Publishing Executive aponta alguns caminhos.
Segundo o artigo, a atenção humana pode ser bem maior do que a média. Desde que o conteúdo que esteja sendo apresentado ao leitor tenha relação com alguma atividade sua. Ou seja, a atenção da audiência está muito relacionada ao conteúdo e ao contexto no qual ele é apresentado. As pessoas lerão, assistirão ou ouvirão conteúdo mais longo se a história contada for de seu interesse. E no caso do Brand Publishing, ninguém melhor que o publisher para saber o que interessa ao seu público.
Uma amostra simples, mas eficaz, do conteúdo longo é o tratamento on-line da matéria de capa da revista Variety de julho de 2018. Segundo o artigo, houve uma reflexão real para decidir que elementos colocar em um artigo de 3.500 palavras. O editor lançou mão de animações e artes envolventes diretas para quebrar o fluxo de texto.
O jornal The Guardian, por sua vez, dedicou uma seção inteira de seu site a conteúdos longos. A seção, desde então, tornou-se um arquivo abrangente de artigos e extratos de livros. Muitos dos quais apareceram pela primeira vez nas edições do fim de semana do jornal. Em apoio a ela, está a coleção Audio Long Read. Que nada mais é que uma série regular de podcasts que dá ao público do Guardian a opção de ouvir artigos longos que eles talvez não tenham tempo (ou inclinação) para ler.
O debate sobre conteúdos longos, contudo, também se estende para os formatos de áudio e vídeo. Nick Quah, criador do boletim Hot Pod sobre o podcasting, foi questionado recentemente se muitos podcasts eram mais longos do que o necessário. Ele disse que alguns não têm a disciplina editorial para eliminar a “auto-indulgência, o amadorismo e o caos do processo”, mas disse que “os podcasts devem levar o tempo que eles precisam para fazer o que querem fazer”.
Até mesmo videos longos estão ganhando espaço no ambiente digital. Sites como o Vice e The Economist são exemplos. O presidente do Buzzfeed, Ken Lerer disse em uma aula de jornalismo que os editores de vídeo deveriam começar com conteúdos curtos, depois desenvolver séries, e, em seguida, construir esses seriados em formato longo.
Perguntado se ele achava que as pessoas realmente assistiam a conteúdo longo em dispositivos móveis, ele disse: “Você pode contar uma história em meia hora; contar uma história diferente, mas ainda importante, em cinco minutos; e a mesma história, mas de forma muito diferente, em 45 segundos. ”
Você pode contar uma história em meia hora; contar uma história diferente, mas ainda importante, em cinco minutos; e a mesma história, mas de forma muito diferente, em 45 segundos.
Portanto, atualmente, os editores têm diversas maneiras de contar uma história. Assim, diz o artigo, é proveitoso misturar conteúdos longos, com conteúdos curtos. Eles não são mutuamente exclusivos. O Buzzfeed deixou sua marca com posts curtos e cheios de GIFs. Esses conteúdos ainda estão lá, mas acompanhados de matérias de 5 mil palavras que os melhores jornais e revistas do mundo teriam orgulho de publicar.
O artigo diz que conteúdo longo requer investimento. E aconselha aos editores, antes de partir para essa estratégia, considerarem alguns fatores:
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