No final de 2018, um escândalo abalou as estruturas da imprensa mundial. A alemã Der Spiegel, maior revista semanal da Europa, admitiu que um de seus mais renomados e premiados repórteres fabricou muitos de seus artigos. Por muitos anos, o jornalista Claas Relotius inventou personagens, fontes e citações “em grande escala”. Ele foi desmascarado por um repórter freelancer da própria revista. Em meio ao duro golpe contra sua credibilidade, a publicação foi forçada a admitir que o episódio é “um ponto baixo nos 70 anos de história da Der Spiegel”. E você pode estar perguntando o que isso tem a ver com brand publishing, que é o foco deste portal. Numa época em que as notícias falsas, ou fake news, estão em alta, a resposta é: muito!

Brand publishing no combate às notícias falsas

São inúmeros os exemplos de prejuízos causados pelas notícias falsas. Das redes sociais a gigantes da imprensa como a Der Spiegel. Portanto, faz ainda mais sentido para uma marca delimitar o seu espaço próprio no território livre da internet. E nada melhor para fazer isso do que se estabelecer como publisher.

Com uma plataforma proprietária de conteúdo, a marca tem o total controle do discurso sobre o seu nicho de atuação. Tanto com produções de peças originais, como verdadeiras reportagens, quanto por meio de curadoria sobre tendências e os fatos mais importantes que acontecem no mundo. Tudo isso, é claro, dentro de uma linha editorial pré-definida.

Dessa forma, ao longo do tempo, e com uma estratégia bem feita de distribuição, ela fatalmente acaba construindo uma audiência semelhante ou até maior do que qualquer portal da mídia tradicional. E, assim, assume o protagonismo em termos de audiência e como top voicer de seu campo de atuação.

Justiça está de olho nos propagadores de fake news

As notícias falsas têm se tornado uma praga mundial. E ganham ainda mais eco no Brasil, que tem uma das populações mais conectadas do planeta. Não por coincidência, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) escolheu o dia 1º de abril de 2019 para lançar uma campanha na internet para combater as chamadas fake news (notícias falsas), com a hashtag #FakeNewsPerigoReal. No comunicado lançado no dia da mentira, o órgão fala:

“Com a popularização das redes sociais e a disseminação de boatos e falsas notícias têm um impacto real e imediato na sociedade, como a destruição de reputações, prejuízos financeiros e até mesmo a morte. Esta ação pretende alertar a sociedade sobre os riscos do compartilhamento das fake news e suas consequências fora do mundo virtual”.

E a reflexão que fica para os gestores de marcas é a seguinte: tendo a possibilidade de tomar posse de um território na internet, com credibilidade e audiência, por que não fazê-lo?