Em comunicado oficial, o Google anunciou, no dia 22, uma mudança de direção quanto ao fim dos cookies de terceiros no Chrome, reconhecendo que a transição para um ambiente sem esses dados impacta o mercado de publicidade online. A nova estratégia visa dar maior poder de decisão ao usuário, embora a solução específica ainda não tenha sido definida. Bruno Costa, da Barões Brand Publishing, ressalta que essa mudança reforça a necessidade de as marcas não dependerem exclusivamente de dados de terceiros e enfatiza a importância da coleta de dados first-party e zero-party para construir relacionamentos mais próximos com os consumidores. O Google também está realizando estudos e dialogando com reguladores sobre a implementação da nova solução, além de planejar melhorias na proteção de propriedade intelectual no modo de navegação anônima.
Resumo supervisionado por jornalista.Em comunicado oficial divulgado na segunda-feira, dia 22, o Google anunciou que pretende implementar uma alternativa ao projeto de descontinuar o uso de cookies de terceiros no navegador Chrome, conforme matéria publicada no Meio & Mensagem. Mas o que, de fato, esta decisão pode significar para as marcas?
A big tech justifica a decisão pelo “reconhecimento que a transição para uma realidade sem dados de terceiros exige esforços e impacta todo o mercado de publicidade online”.
O foco, segundo o Google, será em investir no poder de decisão do usuário, com uma nova solução, ainda não definida. Desta forma, os usuários poderão escolher em relação a sua navegação na internet.
Para Bruno Costa, diretor de estratégia de dados da Barões Brand Publishing, a decisão do Google de manter os cookies de terceiros, apesar de ter prometido o contrário por anos, reforça a importância de as marcas não dependerem excessivamente ou exclusivamente de dados de terceiros.
“Os gigantes da tecnologia como o Google dificultam a compreensão individual dos clientes e a construção de relacionamentos mais próximos com os usuários. Para superar esse desafio, as marcas precisam assumir o controle dos seus dados, em vez de depender de fontes externas com políticas e estratégias imprevisíveis”,
“A coleta de dados first-party e zero-party através de canais próprios das marcas, como sites, formulários e portais de conteúdo, continuarão sendo cruciais para engajar os consumidores de forma eficaz, preparar o marketing para o futuro e criar uma estratégia de engajamento real, que priorize a privacidade do consumidor”, complementa Costa.
Em estudo
Estudos estão sendo realizados pela big tech sobre como implementar a nova solução e, em paralelo, há conversas com reguladores para discutir abordagens adequadas.
Adicionalmente, o Google planeja introduzir soluções para proteção de propriedade intelectual no modo de navegação anônima.