A desativação dos cookies de terceiros pelo Google em seu navegador Chrome foi tema de artigo escrito por Loch Rose, diretor de análise da Epsilon. Como destaque da pesquisa “Preparando-se para um mundo sem cookies de terceiros”, Rose destaca indicadores sobre dados próprios e o crescimento das estratégias de anunciantes por melhorias em suas bases de dados.
“O novo estudo da Epsilon conclui que mais da metade dos profissionais de marketing estão preocupados que a descontinuação dos cookies de terceiros ameace sua capacidade de alcançar consumidores na web aberta. Mas a verdade é que, com as soluções e os parceiros certos, as marcas ainda podem alcançar clientes no mercado em grande escala, onde quer que estejam”, afirma Rose.
Anunciantes ávidos por dados
O estudo da Epsilon revela que 60% dos anunciantes estão focados em melhorar suas bases de dados próprios, 59% estão investindo em ferramentas como plataformas de dados de clientes e 54% estão empenhados na construção de meios de identificação privados.
“Uma estratégia sólida de dados primários requer algum nível de parceria. E o que realmente faz a diferença é um parceiro que pode pegar essa estratégia de dados primários e traduzi-la em ativação. Procure uma solução que seja transferível, interoperável e resiliente – uma solução que possa enfrentar os ventos contrários de um ambiente de adtech e martech em mudança. A web aberta oferece um cenário amplo onde as marcas podem descobrir, interagir e reconectar-se com um público mais amplo. Não há necessidade de perder isso em um mundo cookieless”, destaca o artigo.
Redefinindo o envolvimento digital em um mundo sem cookies
Christian J. Ward, vice-presidente executivo e diretor de dados da Yext, também abordou o tema.
“À medida que testemunhamos o cookie a desmoronar até à inexistência e à medida que os governos de todo o mundo lutam para regular o rápido avanço da tecnologia de IA, num contexto de pressão cada vez maior por uma proteção mais forte dos dados dos consumidores, os profissionais de marketing deparam-se com uma oportunidade crítica. Este momento crucial significa reavaliar a forma como os dados são utilizados nas estratégias de envolvimento digital, preparando o terreno para abordagens mais dinâmicas e impactantes. Com a descontinuação dos cookies do Google já em andamento, agora é a hora de as empresas começarem a planejar”, afirma em artigo.
Os atritos na busca por dados próprios são mencionados por Ward em seu texto.
”Muitas empresas expressaram o desejo de aumentar os dados próprios, combinando comportamentos e identidades dos consumidores que se envolvem com a sua marca. Infelizmente, esse processo muitas vezes pode causar atritos significativos para os consumidores antes que eles obtenham qualquer valor real de suas interações. Pense em todos os sites que solicitam seu endereço de e-mail quando você acessa o site deles. Como qualquer relacionamento, a confiança deve existir antes que uma marca possa coletar com sucesso dados próprios que ajudem a estabelecer a identidade do consumidor. Sempre haverá um equilíbrio delicado que os profissionais de marketing devem encontrar entre personalização e privacidade”, diz Ward.
O papel do Brand Publishing na coleta de dados
A relação direta com usuários, ou seja, com a audiência, será essencial no mundo pós-cookies. E uma das formas de garantir este relacionamento perene é por meio do Brand Publishing.
“Por meio de sua mídia proprietária, a marca desenvolve um portal de comunicação editorial, cria sua audiência que está ávida por informação, transforma em um relacionamento direto com seus usuários e a partir do momento que esta relação existe, ela (marca) está autorizada a capturar seus cookies, de forma legítima e dentro do que determina a Lei Geral de Proteção de Dados”, afirma Bruno Costa, diretor de estratégia de dados da Barões.