Barões

(Foto: Divulgação/HBO Max)

“Succession”: uma série para ser vista por quem se interessa por transição midiática

Em artigo para o Mobile Time, Paulo Henrique Ferreira, diretor da Barões, mostra como a obra de ficção retrata com precisão a derrocada do sistema de mídia do Século XX

20 de outubro de 2023

Ganhadora de 13 prêmios Emmy e com quatro temporadas de absoluto sucesso de audiência, "Succession" (HBO Max) é uma das séries indicadas para quem se interessa por mídia e, principalmente, pela transição midiática. Este paralelo entre a ficção e o mundo atual em que vivemos é traçado por Paulo Henrique Ferreira, sócio-fundador e Diretor Executivo da Barões Digital Publishing, em artigo recente publicado no Mobile Time.

Para PH Ferreira, a história que gira em torno da sucessão da Waystar Royco, um fictício conglomerado de mídia de âmbito global, é uma caricatura engenhosa para ilustrar a ruína do sistema de mídia (e empresarial) do século XX. É uma crônica das derrocadas que temos acompanhado nos últimos anos, sobretudo pela insistência em manter estratégias de gerações passadas.

“O que vimos, portanto, foi uma sequência de decisões desastradas que quebraram empresas gigantes no mundo todo, inclusive no Brasil. O motivo, tanto em Succession quanto na vida real, foi o mesmo: falta de reflexão com fundamento e profundidade; falta de análise séria e comprometida; falta de tempo e paciência para entender os reais impactos das transformações. Sobrou “inovação”, cultura de “start up”, oportunismo e comportamento aloprado, muito bem retratado na série pelo Lukas Matsson, um empreendedor digital maluco e desonesto. Igual a muitos que nos deparamos por aí, que fazem as organizações perderem tempo e dinheiro com discursos embusteiros e operações inconsistentes”, escreve o executivo da Barões.

A forma de consumir informação mudou. Muitos players de mídia ainda insistem em formatos “tradicionais” e não enxergam a transição midiática. E é neste ponto que o autor do artigo fala sobre o celular como a mídia protagonista de uma nova sociedade.

“Em vez de analisar o impacto de tal dispositivo no comportamento, hábitos e cognição humana, muitos insistiram em enfiar uma matéria de oito páginas de revista semanal num aplicativo lento e pesado. Ou uma propaganda que interrompe a experiência de um potencial cliente, com atores artificiais se empenhando em uma ladainha persuasiva – que ninguém mais aguenta”, afirma PH Ferreira.

O resultado, como destaca o executivo, não seria diferente: "esse tipo de análise frívola e sem lastro sobre o ambiente digital determinou – para o mal – a vida de organizações".

“Tirando os dramas familiares, a tese midiológica é perfeita. Mostra velhos sem noção e distantes da realidade, em uma interlocução truncada com jovens mal preparados, todos com celular na mão de forma incessante, discutindo mídia, influência, poder e negócios como se estivessem nos anos 90”, diz o autor. 

Leia o artigo na íntegra aqui.