A mídia proprietária (owned media) é a espinha dorsal de qualquer estratégia de marketing. É o que diz Michael Brito, chefe global de análise da Zeno Group. Em conteúdo publicado no portal Britopian, o executivo traz uma série de insights sobre a mídia proprietária e reforça o papel das plataformas próprias no cenário atual.
“A mídia própria fornece uma plataforma onde a marca tem controle total sobre seu conteúdo, mensagens e o ritmo de entrega. É uma ferramenta poderosa que comprovadamente traz vantagens consideráveis para as marcas, desde promover um relacionamento direto com o público, até moldar a imagem de uma marca sem interferência de fontes externas. Portanto, no grande esquema de uma estratégia de marketing omnichannel, a mídia própria desempenha um papel que não é apenas essencial, mas também transformador”, afirma Brito.
No artigo, o executivo também destaca a integração entre os vários tipos de meios de comunicação próprios e como eles se complementam e se apoiam.
“Diferentemente da mídia paga e da adquirida, a a mídia própria abrange canais e ativos sobre os quais uma empresa tem controle total”, diz o autor do artigo.
Benefícios da mídia proprietária
De acordo com Michael Brito, alguns dos principais benefícios da mídia proprietária são:
- Controle criativo total sobre conteúdos, design e formatação;
- Capacidade de direcionar mensagens para seu público;
- Ajuda a fortalecer relacionamentos com clientes existentes;
- Alta confiabilidade e credibilidade;
- Não depende de algoritmos ou plataformas de terceiros;
- As métricas são rastreáveis;
- Fundação para impulsionar esforços de mídias pagas e ganhos.
Desafios da mídia proprietária
Já no campo dos desafios, algumas das principais características da mídia proprietária são:
- Criar conteúdos de alta qualidade pode ser demorado e pode consumir muitos recursos;
- Construir público e reputação leva tempo;
- A confiança na mídia conquistada (earned mídia) ainda é maior, apesar de esse cenário estar em mudança nos últimos anos, com o crescimento da confiança dos consumidores em relação ao conteúdo produzido por marcas;
- A criação de conteúdo requer equipe e orçamentos dedicados;
- É difícil ganhar visibilidade se começar do zero;
- É necessário manter o conteúdo atualizado e de alta qualidade ao longo do tempo.
A marca no controle
Dentre os benefícios listados por Michael Brito está o controle da produção e divulgação dos conteúdos e as mensagens que as marcas querem passar aos seus públicos.
“Ao contrário da mídia paga e ganha, onde o controle da marca sobre o resultado final pode ser restrito, a mídia própria permite a elaboração meticulosa da narrativa da marca, adaptando-a para atender às necessidades e preferências específicas do público. Esse controle também se estende à distribuição, agendamento e direcionamento de conteúdo, garantindo que as marcas possam atingir com precisão os segmentos de público escolhidos”, afirma Brito.
A estratégia com a visão de longo prazo
Quando falamos em mídia proprietária, ou seja, em um projeto de Brand Publishing, a marca não deve apenas pensar em resultados imediatos. O propósito é ter uma comunicação editorial proprietária visando uam estrutura de longo prazo e perene.
“Ao fornecer consistentemente conteúdo valioso que repercute no público, as marcas podem estabelecer seguidores leais que continuam retornando com o tempo. Esses clientes fiéis podem se tornar embaixadores da marca, compartilhando conteúdo com sua rede e atraindo novos clientes, ampliando ainda mais o alcance”, escreve o autor.
Como maximizar a estratégia de mídia própria
Michael Brito também traz dicas para que a estratégia de mídia própria seja bem-sucedida. Ele elenca principais pontos que devem ser cuidadosamente estruturados para que os resultados sejam maximizados. Dentre eles estão:
- Conteúdos envolventes e relevantes para os públicos;
- Utilização de diferentes formatos como artigos, vídeos e infográficos;
- Reconhecer as características de cada canal e o comportamento dos usuários;
- Otimização de mecanismos de pesquisa.