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Mídia proprietária: a espinha dorsal de qualquer estratégia de marketing

De acordo com Michael Brito, chefe global de análise da Zeno Group, o surgimento do marketing digital e das mídias sociais transformou o cenário da mídia própria e ampliou o valor para torná-la mais crucial do que nunca

14 de novembro de 2023

A mídia proprietária (owned media) é a espinha dorsal de qualquer estratégia de marketing. É o que diz Michael Brito, chefe global de análise da Zeno Group. Em conteúdo publicado no portal Britopian, o executivo traz uma série de insights sobre a mídia proprietária e reforça o papel das plataformas próprias no cenário atual.

“A mídia própria fornece uma plataforma onde a marca tem controle total sobre seu conteúdo, mensagens e o ritmo de entrega. É uma ferramenta poderosa que comprovadamente traz vantagens consideráveis ​​para as marcas, desde promover um relacionamento direto com o público, até moldar a imagem de uma marca sem interferência de fontes externas. Portanto, no grande esquema de uma estratégia de marketing omnichannel, a mídia própria desempenha um papel que não é apenas essencial, mas também transformador”, afirma Brito.

No artigo, o executivo também destaca a integração entre os vários tipos de meios de comunicação próprios e como eles se complementam e se apoiam.

“Diferentemente da mídia paga e da adquirida, a a mídia própria abrange canais e ativos sobre os quais uma empresa tem controle total”, diz o autor do artigo.

Benefícios da mídia proprietária

De acordo com Michael Brito, alguns dos principais benefícios da mídia proprietária são:

  • Controle criativo total sobre conteúdos, design e formatação;
  • Capacidade de direcionar mensagens para seu público;
  • Ajuda a fortalecer relacionamentos com clientes existentes;
  • Alta confiabilidade e credibilidade;
  • Não depende de algoritmos ou plataformas de terceiros;
  • As métricas são rastreáveis;
  • Fundação para impulsionar esforços de mídias pagas e ganhos.

Desafios da mídia proprietária

Já no campo dos desafios, algumas das principais características da mídia proprietária são:

  • Criar conteúdos de alta qualidade pode ser demorado e pode consumir muitos recursos;
  • Construir público e reputação leva tempo;
  • A confiança na mídia conquistada (earned mídia) ainda é maior, apesar de esse cenário estar em mudança nos últimos anos, com o crescimento da confiança dos consumidores em relação ao conteúdo produzido por marcas;
  • A criação de conteúdo requer equipe e orçamentos dedicados;
  • É difícil ganhar visibilidade se começar do zero;
  • É necessário manter o conteúdo atualizado e de alta qualidade ao longo do tempo.

A marca no controle

Dentre os benefícios listados por Michael Brito está o controle da produção e divulgação dos conteúdos e as mensagens que as marcas querem passar aos seus públicos.

“Ao contrário da mídia paga e ganha, onde o controle da marca sobre o resultado final pode ser restrito, a mídia própria permite a elaboração meticulosa da narrativa da marca, adaptando-a para atender às necessidades e preferências específicas do público. Esse controle também se estende à distribuição, agendamento e direcionamento de conteúdo, garantindo que as marcas possam atingir com precisão os segmentos de público escolhidos”, afirma Brito.

A estratégia com a visão de longo prazo

Quando falamos em mídia proprietária, ou seja, em um projeto de Brand Publishing, a marca não deve apenas pensar em resultados imediatos. O propósito é ter uma comunicação editorial proprietária visando uam estrutura de longo prazo e perene.

“Ao fornecer consistentemente conteúdo valioso que repercute no público, as marcas podem estabelecer seguidores leais que continuam retornando com o tempo. Esses clientes fiéis podem se tornar embaixadores da marca, compartilhando conteúdo com sua rede e atraindo novos clientes, ampliando ainda mais o alcance”, escreve o autor.

Como maximizar a estratégia de mídia própria

Michael Brito também traz dicas para que a estratégia de mídia própria seja bem-sucedida. Ele elenca principais pontos que devem ser cuidadosamente estruturados para que os resultados sejam maximizados. Dentre eles estão:

  • Conteúdos envolventes e relevantes para os públicos;
  • Utilização de diferentes formatos como artigos, vídeos e infográficos;
  • Reconhecer as características de cada canal e o comportamento dos usuários;
  • Otimização de mecanismos de pesquisa.